sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Entrevista - Henrique Eduardo Alves

'Dilma tem dois meses para mudar estilo de governar'

Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves afirma que a presidente reeleita tem de adotar nova forma de negociação com o Congresso imediatamente e descarta assumir um ministério no ano que vem

Marcela Mattos, de Brasília
Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves 
 
MÁGOA – O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte: "O Lula nunca tinha visto o Robinson na vida dele. Se amanhã passar do lado, acho que o Lula nem o reconhece mais" (Pedro França/Agência Senado/VEJA)
'De fora da janela do Palácio do Planalto há um país dividido. E tem de se ter muito cuidado para que amanhã não haja uma crise. Agora tem de se calçar a sandália da humildade'
Na primeira semana depois das eleições, o Congresso Nacional deu um claro recado à presidente reeleita Dilma Rousseff (PT): derrubou o decreto bolivariano que criava conselhos populares em órgão públicos, convocou ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos em comissões e ensaia desengavetar propostas que causam dor de cabeça ao Planalto, como o chamado Orçamento Impositivo. Para Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados, Dilma precisa saber “conversar e “compartilhar mais” já nos próximos dois meses, quando encerra seu primeiro mandato. “Não pode ser como vinha sendo: o PT escolhendo o que quisesse, principalmente os melhores ministérios, e deixando o resto para os outros. Não pode e não deve ser assim. A presidente Dilma tem dois meses para provar que as coisas não vão ser assim”, afirmou. Depois de onze mandatos na Câmara, Alves foi derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte e ficará sem mandato em janeiro. Nos últimos dias, seu nome passou a figurar na bolsa de apostas do futuro ministério de Dilma, o que ele descarta. Mas, como reza o anedotário político de Brasília, quando se quer um cargo de ministro, o melhor a fazer é afirmar justamente o contrário – diz a máxima que, a partir daí, seu nome passará ser lembrado constantemente. Leia a entrevista ao site de VEJA.
Como o senhor viu o apoio de Lula ao seu adversário Robinson Faria (PSD) na disputa ao governo do Rio Grande do Norte? Eu fui surpreendido. O Lula nunca tinha visto o Robinson na vida. Esqueceram de avisar que o Robinson que ele apoiou neste ano é o mesmo contra quem ele gravou em 2010. Se amanhã passar ao lado, acho que o Lula nem o reconhece mais. Enquanto eu era líder do PMDB, sempre que havia uma votação importante, o Lula me chamava para conversar e para negociar. Agora, ele grava uma entrevista em um formato de bate-papo elogiando o Robinson, dizendo que ele vai mudar o Rio Grande do Norte. Isso foi decisivo para a derrota, foram muitas inserções ao longo de vários dias.
O senhor chegou a procurar o PT pedindo que as gravações não se repetissem no segundo turno? Eu procurei o Michel Temer, que na hora telefonou para o Lula pedindo para que não gravasse mais. Tudo bem que a chapa do Robinson estava com o PT para o Senado, mas no plano nacional eu estava com a Dilma. Depois que pedi para pararem, foi quando usaram as propagandas desbragadamente. O Lula não deve ter feito nenhum gesto para pararem de usar. O Temer também procurou o Rui Falcão, mas não adiantou. Ficou uma coisa muito constrangedora. O Lula ia lá toda hora e classificava o outro candidato como a mudança. Mas sou eu que o conheço, eu que o ajudei, que fui o seu parceiro.
Então como fica a relação entre o PT e o senhor depois destas eleições? A Dilma teve outro comportamento. Eu disse que ela poderia ir lá no Estado que todos estaríamos ao lado dela. Mas também disse que ia entender se ela achasse melhor não ir, e ela realmente não foi. Não tenho nada a reclamar dela. Mas, com o Lula, eu vou fazer o quê? Tem de ter maturidade e experiência para virar essa página. Eu reconheço que a participação dele foi muito importante para o resultado eleitoral. Mas, com ressentimentos, ficamos menores. E eu não quero ficar menor com isso.
A derrubada do decreto de Dilma foi um troco ao PT? Essa afirmativa é desinformação ou má-fé. Essa matéria aguardava votação há três meses. Eu decidi pautá-la, fiz um pronunciamento defendendo que o decreto era inconstitucional, tentei diversas vezes que o Aloizio Mercadante o retirasse e apresentasse um projeto de lei com urgência. O que nós queríamos era tirar a vinculação dos conselhos à Presidência da República. Toda votação que se abria, a oposição começava a obstruir enquanto não pautasse o decreto. Na hora que deu para ser votado, a obstrução do PT não teve efeito. Se já era meu desejo que ele fosse votado e derrubado e a pressão estava grande, não teve como ser diferente. A Câmara ia ficar em um impasse sem votar nada? Mas isso não tem nada a ver com situação nenhuma. Eu já falei com a Dilma, dei parabéns pela eleição, e ela sequer tocou neste assunto. A presidente ainda disse que na próxima semana, quando voltar de viagem, gostaria de falar comigo porque ia precisar muito da minha ajuda.
O que o senhor acha que tem de mudar na relação entre Executivo e Legislativo no novo governo? A Dilma nunca foi parlamentar e nunca passou nesta Casa, como todos os outros presidentes passaram e sabem das tensões que temos aqui, da necessidade de dar respostas. Ela exerceu uma função gerencial e se tornou presidente da República. Eu acho que ela precisa conversar mais. Quando convencer, muito bem. Quando não, que seja convencida. Acho que ela vai partir para isso, para um modelo diferente do primeiro mandato. Até porque antes ela tinha um contexto eleitoral muito favorável, mas agora não, está dividido. E aqui, pelo radicalismo da campanha, é um prato cheio para o Aécio, porque as coisas vão se tornar ainda mais radicais. Mais do que nunca vai exigir a colaboração do PMDB e ela própria vai ter de conversar mais com o setor produtivo, com representantes empresariais, com o setor sindical e com parlamentares.
Este ano foi marcado por tensões entre a bancada do PMDB e o Planalto. O que o Michel Temer disse sobre o novo governo depois da reeleição? Nada. Mas agora a situação é outra. Fora da janela do Palácio do Planalto há um país dividido. E tem haver muito cuidado para que amanhã não haja uma crise. É preciso calçar a sandália da humildade. A Dilma, na reta final das eleições, quando precisou da ajuda do Nordeste, recorreu ao Lula. Até então quase não se via o Lula participar das eleições, ele estava mais focado na disputa de São Paulo. A Dilma tem de compartilhar mais, de participar mais. Não pode ser como vinha sendo, o PT escolhendo o que quisesse, principalmente os melhores ministérios, e deixando o resto para os outros. Não pode e não deve ser assim. A Dilma tem dois meses para provar que as coisas não vão ser assim.
Qual o caminho natural para a presidência da Câmara? Antes uma aliança entre o PT e o PMDB era importante porque juntava muitos votos e quase conseguia maioria. Era um rodízio que se impunha por serem as duas grandes bancadas da Casa. Agora mudou a configuração e essas duas legendas não fazem 140 votos. O fato de elas se entenderem não é nenhuma garantia de que farão o presidente da Casa. Deve-se buscar o candidato que reflete o sentimento da Casa, da independência, que procure angariar apoio tanto da base quanto da oposição. Há, hoje, um PMDB que não votou em Dilma. Nessa configuração confusa e muito dividida, acho que o discurso vencedor vai ser de quem falar pelo Parlamento. Eu acho inevitável que o PMDB procure a todos, oposição e governo, e caracterize o discurso de Parlamento.
Há hoje um nome alternativo ao Eduardo Cunha? Não. Ele é a indicação da bancada. O Eduardo tem credibilidade, é respeitado pelos parceiros, pelos adversários e cumpre acordos. É um nome muito forte.
O senhor está na Câmara há 44 anos. Está preparado para não viver mais essa rotina? Preparadíssimo. Eu passei a minha vida inteira morando em hotel sozinho, passava dois ou três dias com a família e viajava. Imagine o que é pegar um avião toda terça e quinta ao longo de todo esse tempo. Agora eu estou preocupado com a minha qualidade de vida. Eu tenho uma empresa de comunicação e vou ficar no comando do PMDB do meu Estado. Continuo na política. Mas quero ter mais qualidade de vida, fazendo o que eu gosto.
E a possibilidade de assumir algum ministério? Muitos querem que eu fique em Brasília. Há pressão nesse sentido pela experiência que eu tenho aqui. Eu poderia ficar fazendo um meio de campo entre o Michel Temer e o Eduardo Cunha. Mas a indicação que eu tenho agora é ter uma qualidade de vida melhor.
Então o senhor descarta tornar-se ministro? Descarto. Qualquer ministério. Ministério é pior, porque a gente tem de estar aqui de segunda a sexta. A política sacrifica muito a família. Eu tenho dois filhos que quase não vejo. A gente começa a ver que o tempo está passando e está perdendo algumas oportunidades. Então há coisas que vêm pelo bem. Eu tenho um jornal, uma TV e vou ter participação política, mas vivendo com mais estabilidade.
Quem poderia ser capaz de fazer esse meio campo e melhorar o diálogo com o Parlamento? O Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, é uma boa pessoa. Ele é experiente, competente, malandro. Eu acho que ele vai para Relações Institucionais. A Dilma não pode mais correr riscos. O país está dividido.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Analfabetos: taxa caiu 5,5% em 12 anos, no Estado

Publicação: 2014-09-19 00:00:00 
 
O número de potiguares não-alfabetizados caiu 5,55% em 12 anos, segundo dados da PNAD, divulgados ontem pelo IBGE. O índice mediu a quantidade de pessoas com 10 anos ou mais que ainda não foram alfabetizadas. A queda registrada no Rio Grande do Norte foi maior do que a registrada em todo o Brasil no mesmo período. Mesmo assim, o Estado ocupa a quinta colocação no ranking que aponta o número de não alfabetizados. O instituto comparou os dados coletados pela PNAD em 2001 e em 2013.
Adriano AbreuSegundo a PNAD, mais de 28% dos domicílios do RN têm carroSegundo a PNAD, mais de 28% dos domicílios do RN têm carro

Em 2001, o Rio Grande do Norte possuía 515 mil pessoas com 10 anos ou mais não-alfabetizadas. Com esse número, éramos o 4º Estado com a maior quantidade de população nesta situação. Ano passado, esse número caiu para 457 mil pessoas, o que nos coloca, agora, na 5ª posição do ranking.
Já a taxa de escolarização das crianças entre quatro e cinco anos alcançou a quarta maior média do Nordeste, com 89,7% da população nessa faixa etária dentro de sala de aula. O índice é maior que a média nacional de escolarização nessas idades, que ficou em 81,2%. O Rio Grande do Norte também se destacou na medição da taxa de escolarização entre seis e 14 anos. No Brasil, o percentual ficou em 98,4% enquanto o estado alcançou a quarta maior média do Nordeste, com 98,7%.

De acordo com análise do IBGE, regionalmente, o Nordeste continua a ser a região com a maior taxa de analfabetismo entre os maiores de 15 anos, mas foi também o local onde ela mais caiu, de 17,4% em 2012 para 16,6% em 2013. De acordo com a PNAD mais da metade (53,6%) dos não-alfabetizados do Brasil estão nos Estados nordestinos.

Ainda segundo o instituto, apesar da redução do número de pessoas não-alfabetizadas no país, quando comparado a outros países da América do Sul, como Chile e Argentina, onde a taxa é inferior a 3%, o Brasil ainda tem um número significante de analfabetos.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Alves e Dilma na Frente

Henrique Alves (PMDB) Lidera a corrida no Rio Grande do Norte, com 38%. Robson Faria (PSD) do tem 22%. A temperatura presidente Dilma 49%. Eduardo Campos, 12%, e Aécio Neves, 10%. A Pesquisa e do Instituto Consult e ouviu 1.700 PESSOAS.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

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    quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


     

    1. Boa Informação ‎- 7 minutos atrás
      Assessor de Aécio Neves é réu em mensalão mineiro ... etapa inicial da campanha de Aécio, sendo um de seus conselheiros maispróximos.

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    terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

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    quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

    Diretores de prisão cobram propinas de presos
    Josias de Souza

    Barbosa visitou em março de 2013 a cadeia de Alcaçuz, onde funciona o pavilhão do achaque
    O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou à Justiça dois ex-diretores de uma cadeia chamada Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. Acusa-os de cobrar propina de presos em troca de regalias. Numa das ações, atribui-se a um dos acusados um crime prosaico: comprou-se com cartão de crédito do preso uma bomba d’água para o pavilhão, que funciona em prédio anexo ao Presídio Estadual de Alcaçuz, visitado em março de 2013 pelo ministro Joaquim Barbosa. A denúncia traz a cópia da fatura. A bomba custou R$ 815,80.
    Os denunciados se chamam Alexandre Medeiros de Assis e Aldaberto Luiz Avelino. Foram afastados dos cargos após responderem a processos administrativos na Secretaria Estadual de Justiça. O governo potiguar transferiu-os para outras cadeiras, onde trabalham como agentes penitenciários.
    Em suas denúncias, disponíveis aqui e aqui, o Ministério Público pede à Justiça que condene os ex-diretores a trocar de lado. Deseja-se que continuem a frequentar as cadeias, só que do lado de dentro das celas, condenados por corrupção passiva. Nas palavras dos promotores, ambos solicitavam “diuturnamente vantagens patrimoniais criminosas” aos presos.
    Os processos correm na comarca de Nísia Floresta, cidade onde está localizado o complexo prisional de Alcaçuz. Fica a cerca de 30 km de Natal. Além de documentos, as peças acusatórias carregam os depoimentos de dois presos. Relatam supostos achaques que motivaram a transferência dos ex-diretores para outras cadeias. Walker Araújo da Silva e José Welton de Assis, eis os nomes dos detentos.
    José Welton encontra-se na cadeia por ter sido condenado por assalto e tráfico de drogas. Disse em depoimento que pagou R$ 5 mil a um dos diretores em troca de autorização para trabalhar fora da cela. Contou que, depois, desembolsou mais R$ 15 mil em troca da transferência para uma cadeia de Sergipe, onde nasceu. Há na denúncia três comprovantes de depósito no valor de R$ 5 mil cada. Foram feitos pelo advogado do preso.
    Sobreveio a nomeação de outro diretor. Chamou o detento para conversar. Segundo o relato de José Welton, pediu R$ 10 mil para comprar uma moto. Em seu depoimento, o preso disse ter respondido que não dispunha do dinheiro. Mas se comprometeu-se a pagar em parcelas semanais de R$ 1 mil.
    O preso recebeu do então diretor da cadeia outra oferta: em troca de R$ 50 mil, migraria do regime fechado para a prisão domiciliar. Disse que se recusou a pagar. E passou a ser hostilizado na prisão. A despeito de não ter ocorrido o pagamento, o Ministério Público incluiu a passagem na denúncia sob o argumento de que basta a solicitação de vantagem indevida para caracterizar o crime de corrupção passiva.
    O cartão de crédito que pagou a bomba d’água para o presídio era do preso Walker Araújo. Os R$ 815,80 foram parcelados em dez vezes. Além da fatura do cartão, da bandeira Visa, a denúncia traz cópia da nota fiscal. Saiu em nome de um dos ex-diretores. Em troca do favor, anota a denúncia, os presos tinham autorização para deixar a cadeia sem autorização judicial ou administrativa.
    Quando visitou a penitenciária de Alcaçuz, onde funciona o pavilhão dos achaques, Joaquim Barbosa impressionou-se com o que viu: “É muito desumano”, declarou o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Encontrou instações insalubres, cheiro de urina e de fezes, corredores escuros e um interminável etcétera.
    No mês passado, o CNJ produziu um relatório sobre o cadeião potiguar. Os repórteres Hudson Correa e Raphael Gomide manuseram uma cópia. Reproduziram o conteúdo em notícia veiculada no ultimo final de semana. Pode ser lida aqui. Revela que a cadeia do Rio Grande do Norte trilha o mesmo descaminho que converteu o presídio de Pedrinhas, no Maranhão, em escândalo mundial.

    sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

    Deputados do PSB exigem vaga na chapa majoritária

    Publicação: 18 de Janeiro de 2014 às 00:00

          Anna Ruth Dantas
    Repórter

    Nas discussões sobre o pleito eleitoral, a bancada de deputadas do PSB defende uma ampla aliança dos partidos de oposição ao Governo do Estado, mas mantém a indefinição sobre o cargo na chapa majoritária a ser disputado pela vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria. Nas articulações para o pleito deste ano, as parlamentares não excluem o Partido dos Trabalhadores, que terá candidata a presidente da República, cargo a ser disputado pelo presidente nacional peessebista, Eduardo Campos. A única legenda já excluída do diálogo pela bancada do PSB é o DEM, partido da governadora Rosalba Ciarlini.
    João GilbertoPara Márcia, candidatura de Eduardo Campos não impede o diálogo com os petistas potiguaresPara Márcia, candidatura de Eduardo Campos não impede o diálogo com os petistas potiguares

    A deputada estadual Márcia Maia é comedida ao analisar o destino da principal líder do PSB no Estado, a vice-prefeita de Natal Wilma de Faria. Ela disse que nas visitas ao interior a população tem falado muito na líder tanto para o Governo quanto para o Senado. “Essa é uma questão que não está fechada dentro do partido. Temos um potencial enorme para disputar a chapa majoritária, inclusive o Governo”, afirmou a parlamentar.

    Márcia Maia defende que neste primeiro semestre o partido promova o diálogo sobre os problemas do Estado e a construção de um projeto, paralelamente às conversas com outros partidos. “É natural que os partidos conversem, dialoguem em torno de projetos comuns”, comentou.

    Para a deputada estadual é necessário fazer um debate temático. Ela chama atenção para a situação da segurança pública. “A segurança vive um momento dramático no Estado, é preciso fazer um projeto para a segurança funcionar. As políticas públicas funcionando bem oferecem a tranquilidade que a população necessita”, ressaltou.

    Márcia Maia destacou que o diálogo está aberto com os partidos de “afinidade ideológica com o PSB”. Para ela, a única restrição é com o Democratas, legenda da governadora Rosalba Ciarlini.

    “Vamos dialogar com todos os partidos que estejam no campo da oposição ao Governo do Estado”, disse. Sobre as negociações com o PMDB, a deputada considerou naturais, já que “o partido é oposição ao Governo”. “Na hora que o PMDB passou a fazer oposição, obviamente fez com que pudéssemos nos aproximar”,comentou.

    Mesmo com o PSB nacional preparando o lançamento da candidatura a presidente da República de Eduardo Campos, Márcia Maia não acredita que o diálogo com o PT está encerrado. Ela lembrou que os dois partidos já estiveram unidos em diversas eleições. “Temos (PT e PSB) muitas afinidades e estamos dispostos a conversar com o Partido dos Trabalhadores”, confirmou, lembrando que o PSB nacional não impôs restrição para as alianças do partido nos Estados.


    segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

    Página de Edson Paim no Facebook

    quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

    Panorama Político - 09-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
    Centralismo democrático            

                    A Executiva nacional do PSDB vai aprovar resolução, no início de fevereiro, retirando a autonomia dos diretórios regionais para fechar alianças. As decisões dos estados serão submetidas ao aval da direção nacional e aos interesses da candidatura de Aécio Neves ao Planalto. Os tucanos querem evitar acordos que favoreçam candidatos à Câmara, mas não a de sua candidatura a presidente.

    Comitê de recepção
    Ao retirar a autonomia dos estados para fazer alianças, o comando do PSDB quer evitar que seus caciques regionais se juntem a adversários no plano nacional. A cúpula tucana não quer submeter Aécio Neves aos apetites de suas bancadas estaduais. Estas, poderiam promover acordos para reeleger seus deputados, mesmo deixando Aécio sem palanque. No pleito de 1989, o candidato do PMDB, Orestes Quércia, chegou a aeroportos no Nordeste sem ninguém para recebê-lo. Em 1994, para evitar que isso ocorresse com o ex-presidente Fernando Henrique, o então presidente do PFL, Jorge Bornhausen, se lançou candidato ao governo de Santa Catarina.

    "Meu amigo Eduardo (Campos) vai precisar endurecer o couro para conviver com o baixo padrão ético com que o PT enfrenta os adversários” 

    Aécio Neves
    Presidente do PSDB e senador (MG)

    Fato consumado
    O comando do PMDB garante que a candidatura do vice Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio está sacramentada. Dizem que após o governador Sérgio Cabral deixar o cargo, em março, ninguém vai impedir Pezão de do de concorrer à reeleição.


    A sucessora
    Eliane Aquino, mulher do governador de Sergipe Marcelo Déda, morto em dezembro passado em decorrência de um câncer, deverá concorrer ao Senado no lugar de seu marido, que concorreria à vaga. Entre os partidos aliados (PT, PSB e PMDB), a indicação é consenso e entendida como uma homenagem ao trabalho político de Déda.

    Retrato do momento
    Adversários do PT do Rio, de todas as matizes, avaliam que a candidatura ao governo do senador Lindbergh Farias “não explodiu”. O petista tem se mantido numa posição apenas discreta, abaixo de Anthony Garotinho e de Marcelo Crivella.

    Apostando em novos ares
    O governo vai antecipar a entrada do consórcio Changi Airports/Odebrecht no Galeão. Isso deveria ocorrer em agosto, após a Copa. Mas ele vai começar a operar em 15 de janeiro, na entrega do plano de trabalho ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. A antecipação ocorrerá também no Aeroporto de Confins, já na próxima semana.

    Abaixo de zero
    O governo vai licitar empresa de refrigeração para amenizar o calor no terminal de passageiros do Aeroporto Santos Dumont. Para evitar empresas sem qualificação, um dos requisitos do edital será know-how em refrigeração de grandes ambientes.

    E por falar em atraso
    De todos os aeroportos em obras, o que está dando maior dor de cabeça ao governo é o de Fortaleza. A reforma da pista é considerada lenta e um dos temores é o de que, nesse ritmo, não seja concluída até o começo da Copa, em junho.

    O Ministério da Saúde deixou de pagar emendas de muitos deputados. Elas se destinavam a hospitais, Santas Casas e instituições inadimplentes.

    sábado, 4 de janeiro de 2014